segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Tu
eras também uma pequena folha que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-te
ali. A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha
boca, floresceram comigo.
(Pablo
Neruda)
Vieste
ter comigo estava eu a chorar, eu sorri então e em ti vi o sol. Vieste e não me
quiseste assustar, vieste docemente mas eu quis ter-te para mim num repente. Desejei
muito abraçar-te e abracei-te com tal força que fiquei abraçada a ti por uma
vida. Falámos tanto, tanto que as palavras não chegaram, tivemos de inventar
uma nova linguagem. O tempo pertencia-nos, passeávamos pelos lugares que chamávamos
nossos pois por eles passava a nossa magia e, quando vinha a noite, fazíamos juras
de amor sob as estrelas. Quando nos apercebemos éramos um do outro.
I'm coming to find you if it takes me all night
Can't stand here like this anymore
For always and ever is always for you
Can't stand here like this anymore
For always and ever is always for you
(The
Cure)
Toda
a noite à tua procura, durante todas as noites do mundo, uma inquietude
permanente, encontrar-te seria a lava do meu vulcão, eu não podia permanecer tão
desassossegada sem me mover na tua direção e quis-te, quis-te demais. Sempre por
ti, sempre por nós porque é esse o fogo que nos move, o que nos move é este
amor que faz cada vez mais sentido no nosso interior. Desejo-te para sempre
acrescentando palavras de mim às tuas.
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