sexta-feira, 6 de novembro de 2015



No meu parque de diversões podemos andar nos carrinhos de choque, estaríamos sempre a chocar e, assim, podíamos estar a namorar o tempo todo. Depois, saltavas para o meu carrinho e eu guiava-te rumo aos meus lugares desconhecidos, esses que sempre quiseste conhecer para eu poder nascer mais no teu interior. Ias até eles no comboio fantasma e, quando eu te tentava assustar com as minhas aranhas gigantes, tu apenas te rias. No final, surgia um baloiço mágico que te levava até à discoteca mais colorido-luzente jamais existente. Estava a dançar no meio da pista rotativa, tu vieste ter comigo e abraçaste-me. As luzes baixaram para darmos um beijo, feita marota molhei rapidamente os meus lábios nos teus, nunca tinhas provado um beijo tão bom e ficaste todo rosado. De seguida, sentámo-nos na mesa mais in da discoteca e começamos a filosofar, tu disseste que o caminho nunca é longo demais, eu disse que nem sempre conseguíamos encontrar o caminho. Depois, disseste que o caminho até mim tinha sido muito árduo, mas aquilo que era longo era o que estava para vir: uma longa passadeira vermelha esperava-nos, vinha aí vida boa. Pensei durante um bocado e rapidamente acreditei em ti. Fomos até ao bar e pedimos um garrafa de champanhe para comemorarmos esses novos dias e declaraste-te:” és tudo para mim, sonho um mundo maior para nós dois.” Disse-te apenas: “vamos andar nos carrinhos de choque.”

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