No
meu parque de diversões podemos andar nos carrinhos de choque, estaríamos
sempre a chocar e, assim, podíamos estar a namorar o tempo todo. Depois, saltavas
para o meu carrinho e eu guiava-te rumo aos meus lugares desconhecidos, esses
que sempre quiseste conhecer para eu poder nascer mais no teu interior. Ias até
eles no comboio fantasma e, quando eu te tentava assustar com as minhas aranhas
gigantes, tu apenas te rias. No final, surgia um baloiço mágico que te levava
até à discoteca mais colorido-luzente jamais existente. Estava a dançar no meio
da pista rotativa, tu vieste ter comigo e abraçaste-me. As luzes baixaram para darmos
um beijo, feita marota molhei rapidamente os meus lábios nos teus, nunca tinhas
provado um beijo tão bom e ficaste todo rosado. De seguida, sentámo-nos na mesa
mais in da discoteca e começamos a filosofar, tu disseste que o caminho nunca é
longo demais, eu disse que nem sempre conseguíamos encontrar o caminho. Depois,
disseste que o caminho até mim tinha sido muito árduo, mas aquilo que era longo
era o que estava para vir: uma longa passadeira vermelha esperava-nos, vinha aí
vida boa. Pensei durante um bocado e rapidamente acreditei em ti. Fomos até ao
bar e pedimos um garrafa de champanhe para comemorarmos esses novos dias e
declaraste-te:” és tudo para mim, sonho um mundo maior para nós dois.” Disse-te
apenas: “vamos andar nos carrinhos de choque.”
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