domingo, 8 de junho de 2008

Lisa, és uma jogadora que quase atira os dados viciados à cara dos outros jogadores, rindo-te sempre para dentro dessa tua imparável máquina de libertação magistral. Como se fosses a dona do tabuleiro Lisa, das jogadas dos outros, qualquer solução é possível agora que nada tens a perder. Danças na pista dos solitários que apenas pescam por pescar porque o mar tornou-se demasiado grande. É esse fogo Lisa, esse fogo que te consume que tens urgentemente de te livrar.


em ti todo
o espaço é acessível
a pura presença da terra
o ser reencontrado em mim
um tímido sorriso
de aceitação do Amor
porque se há distância
tu atravessas as raízes feridas
e tocas o meu rosto
recolho-me em ti
porque tu percorres-me
acariciando-me a pele

P.s.: acariciar a pele faz-me lembrar que já merecia umas massagens como deve ser. Esta vida de stress do mundo actual dá cabo do pessoal. Como é que é? Não tenho hipótese de pagar, só recebo... : )


Sara, as searas são o teu reflexo, o que te dá de comer. Nesta mesa estão sentados os teus inventos, falando todas as linguagens que tens aprendido e olhas para elas surpresa. A tua entrada, o teu nome dito pela porta é reconhecido. Olha meu amigo, dizes que eu sou o som da liberdade, pois nesta mesa eu sou a narradora de mim mesma com os dados do meu futuro lançados sem qualquer hesitação. Se me perder, terei ainda a visão que vi na escuridão. Sim, todas as linguagens sei falar, mas não luto em guerras perdidas. A minha verdadeira força é o sino que oiço tocar na minha manhã, as estrelas adoçando o caminho, as palavras em movimento contínuo, os seres de sonho que seguem viagem, as casas crescendo das sementes.

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