domingo, 8 de junho de 2008

debaixo da terra,
quero viver dentro de ti
se fecho os olhos
e o meu olhar tem-te
então basta ensinares-me
a tua espuma
aquela que bate
com precisão
como a chuva sobre a erva
beijar os teus lábios
arde-me a força das mãos
se eu abrisse os meus olhos
via o meu choro
nas tuas palavras
falando de uma eternidade
de que te falei

P.s.: se na tua linguagem cober a minha eternidade então serei a tua...


"You gotta learn how to disappear in the silk"

(American Music Club)

Está tudo dito...


As tuas mãos não são livres, acorda, acorda neste tempo real, ouve o pior de ti que te diz essa tempestade, essa caçada, a rotação imparável. Acorda mulher morta, não és livre, não és quem és. É uma esquina, uma rua, uma terra, um país, nessa desordem, mas faz esse caminho andando livre em ti. Diz a tua história, aquela sobre a eternidade, aquela sobre a fonte desumana, aquela que será quando deixares de ser essa mulher morta. Não és livre, nesse mundo que comanda tropas e elas vão, elas também vão contra ti. Acorda o mundo inteiro e confunde o seu ritmo, possuí a tua casa, no meio do trânsito, na calma de uma floresta. Acorda, acorda agora porque na esquina já escreveste sobre ti.

Sem comentários: