domingo, 3 de agosto de 2008

Antigo

o amor de estar
no sopro do olhar
que desliza
da tua vida gravitando
no arco das minhas mãos
sobre a tua face nua
a revelação do invisível
nas carícias embriagadas
pelos nossos mundos
expandindo-se
no presente absoluto

P.s.. presente absoluto... epá, caramba... nada a acrescentar ; )

Carpinteira


A metáfora da guerra que no mundo subterrâneo move moinhos de árvores negras interdita a circulação. As curvas são o desencontro das palavras nunca ditas. Há tantas paredes de bolor e ferrugem que são seres reais com olhos penetrantes doentes de cólera que desaguam nos nossos vales. As sombras são demasiado fortes e a leveza está inanimada. Neste planeta imenso a voz escreve o sabor azedo dos teus gestos e a tua voz sempre gritando. És um coágulo nas minhas veias e não consigo verter-te para dentro dos poços. Vê este espelho, vê-te nele.

Carpinteira

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