domingo, 13 de julho de 2008

Que nome tens, tu pessoa que deixaste cair todo o fardo pesado e opressor da noite negra sobre mim, essas pedras que esfaqueavam constantemente a pele. Que nome tens, nome de ninguéns, porque não te vi no cerrar das portas, tentando abri-las comigo. Encharquei-me na solidão déspota, uma solidão tantas vezes chorada em lágrimas queimando o rosto, ensanguentando a totalidade do meu mundo. Nesse tempo em que tudo era imóvel e frágil, era esse o meu nome. Partiu-se o nome e o tormento do inferno instalou-se. Não te vi em piqueniques, não te vi em visitas e convites, não te vi em presença viva, não te vi em lugar nenhum. Que nome tens?

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