O
camarão e o linguado
“Bom
dia meu camarão de barriga grande”. “Bom dia meu linguado rebelde”. “O que
vamos fazer hoje, diz tu?” “Hoje vamos adivinhar a forma das nuvens e depois
caminhar rumo a um castelo cheio de mouros, no fim o castelo é conquistado por nós. “Os
mouros têm espadas muito afiadas.” “E nós temos palavras muito venenosas”. E
foram para o meio de um campo qualquer cujo castelo já nem sequer tinha nome. O
linguado no meio do xadrez foi ferido. O camarão foi até ele com quilos de
ligadura e disse: fica aqui quietinho que eu ganho o jogo por nós dois”. E
assim foi, o camarão tirou de dentro do bolso um canhão e rebentou com o
inimigo.” O linguado mal podia acreditar que o seu camarão tinha feito evaporar
um exército sozinho, o castelo agora era deles e só deles. Pintaram o castelo
de cor de laranja e convidaram pirilampos para dar luz à noite, além disso
fizeram crescer por todo o castelo ervas aromáticas que vendiam na feira medieval
ali perto. Davam bailes memoráveis ao fim-de-semana, eram bailes de máscaras e
eles vestiam-se de rosas como olhos de carapau.
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