Marcelino brincas com a verdade e ela dá-te a travessia para o outro lado, trocas as palavras, mudas as vozes, inventas personagens. Marcelino, os teus dedos vão trocando as peles e elas têm a sua veracidade, danças com a mudança das penas das aves e no meio dessas histórias de tanto as contares consegues acreditar, porque a imaginação é assim, um novelo sem fim, rolando, sempre a rolar como os barcos num lago de peixes dourados, e tu Marcelino até juras que são prateados.
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