sábado, 29 de outubro de 2016


Os Nossos dias são…
 
Os dias que surgem pertencem a uma estação própria, esta liberta as borboletas de raios dançantes que são dádiva dos céus de trituração da matéria que constrói tudo e que nos oferece revelações. Os dias são todos Nossos e dão origem a serpentinas de falatório que cresce como as ervas matreiras na terra diamante. Agora é outono e Nós abanamos as folhas ferventes de aventura que desenham formas geométricas em júbilo, querem saltar à corda com o vento e Nós damos-lhes gás. No teu rabo existe um motor de gasolina vivaça que conta muitos quilómetros, é livre como os movimentos das vértebras dos sons parecidos com a dinâmica da plasticina e desarranja os horizontes. Quando olho para o céu contigo ao lado vejo constelações novas, constelações sem nome que passam a usar gestos de singularidade Nossa, são uma felicidade de contornos felinos: as suas garras agarram-se aos redemoinhos do vento e ultrapassam qualquer arma de calibre  de uma torneira em constante abertura. Os dias são Nossos e neles ganhamos terreno à respiração que contém as picaretas que permitem novas viagens a qualquer lugar habitável de riqueza múltipla: dá-nos olhos enormes para ver a criação e assim giramos à volta de rios de peixes grávidos que fazem tudo à volta ter vida.

P.s.: os peixes tiveram filhos cheios de escamas rebeldes que são uma tripla viagem: às algas que Deus criou em forma de flores temperadas com a luz de dias férteis, ao oceano de grandeza por descobrir e salvam donzelas respeitáveis que se estão a afundar num mar mais do que profundo.
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