Os
Nossos dias são…
Os
dias que surgem pertencem a uma estação própria, esta liberta as borboletas de
raios dançantes que são dádiva dos céus de trituração da matéria que constrói
tudo e que nos oferece revelações. Os dias são todos Nossos e dão origem a
serpentinas de falatório que cresce como as ervas matreiras na terra diamante. Agora
é outono e Nós abanamos as folhas ferventes de aventura que desenham formas
geométricas em júbilo, querem saltar à corda com o vento e Nós damos-lhes gás.
No teu rabo existe um motor de gasolina vivaça que conta muitos quilómetros, é livre
como os movimentos das vértebras dos sons parecidos com a dinâmica da plasticina e desarranja os horizontes. Quando olho
para o céu contigo ao lado vejo constelações novas, constelações sem nome que
passam a usar gestos de singularidade Nossa, são uma felicidade de contornos felinos: as suas
garras agarram-se aos redemoinhos do vento e ultrapassam qualquer arma de
calibre de uma torneira em constante
abertura. Os dias são Nossos e neles ganhamos terreno à respiração que contém as
picaretas que permitem novas viagens a qualquer lugar habitável de riqueza
múltipla: dá-nos olhos enormes para ver a criação e assim giramos à volta de
rios de peixes grávidos que fazem tudo à volta ter vida.
P.s.: os peixes tiveram filhos cheios de escamas rebeldes que são uma tripla viagem: às algas que Deus criou em forma de flores temperadas com a luz de dias férteis, ao oceano de grandeza por descobrir e salvam donzelas respeitáveis que se estão a afundar num mar mais do que profundo.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário