Arte
poética
Começa
por semear um olhar viajante e veste-se de mundos de trapézios rumo ao tesouro
das palavras crepitantes. Inicia a escrita e os seus braços abrem-se perante os
amanheceres dos significados escondidos. As sílabas casam-se e formam animais
exóticos que correm mais do que o seu próprio corpo. Vai sempre mais longe pois
quer viver toda a surpresa que existe no fundo das coisas. Nunca escreve apenas
um ninho de versos, o poema desdobra-se em poemas-oásis e une os sons das
letras para construir a Música.
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