sexta-feira, 20 de maio de 2016


Mar longo no olhar faz crispar o som de um pássaro numa paisagem distorcida por uma tempestade. Onde vais pássaro fugitivo? É um escape sem futuro pois tudo em volta mata a sua respiração. Cai do céu um pássaro sem poiso para descansar um corpo cheio de naufrágios e palavras por dizer, cai sem fio condutor. E agora pássaro sem voo? “Vou empilhar conchas e contar os anos passar, vou subtrair ossos aos cadáveres”.

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