domingo, 17 de abril de 2016


Beatriz ao lume
 
Beatriz era um sorriso constante, vivia no meu sangue e no meu interior eu era o par dela. Gostava de cantarolar o seu nome durante todo o dia, o seu nome derretia-se no meu. Beatriz cuspia fogo, falava na linguagem das fogueiras, toda ela crepitava. O som dos seus passos ouvia-se ao longe pois ela estremecia ao existir. Beatriz cantava como um verdadeiro grilo e eu pedia à noite de joelhos que ela cantasse o meu nome.

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