Desapareceu
As
minhas vísceras escondem-se do mundo que só as sabe atacar, elas escondem-se
mas nunca bem demais, por isso, elas sentem golpes fundos de espadas mais do
que afiadas. Perdi-me e a paisagem não me diz nada acerca de um possível
caminho, a paisagem desapareceu. As minhas pernas tremem, tropeço e caio: “outra
vez, outra vez no chão”, digo em desespero. Há uma estrela no céu mas brilha
tão pouco que mal a vejo, falta-lhe a vida que me falta a mim. Chego até à estação
de comboios e oiço um aviso: “não partirão mais comboios a partir deste momento”.
Sento-me num banco da estação e fico ali para a eternidade.
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