Sofia
Sou flor que se cheire, quente mel que dá alento a
dias infindos, entranho-me nos laços de cetim que as crianças usam e os lápis
de cor que dançam nas minhas mãos só sabem colorir alegria. Lagartixa ao sol ou
falcão nos céus, a minha vida atravessa todos os estados da substância que uma
raiz pode ter até se tornar em grandiosidade. Penetro a luz das estrelas até sentir
o seu sangue no meu, a sua luz faz explodir em mim rios de clarões, expresso-me
toda eu rindo. Brinco ao faz de conta: sou uma executiva, escolho a gravata a
preceito e, no meio de uma reunião séria, ofereço um fato de banho a todos e vamos
assistir a uma reunião de peixes no mar. Verdura, ò doce verdura, pertenço-te
sempre, se o meu andar é feliz é porque me dizes que faço parte de cada átomo
teu. Tenho um coração que vive de muitos sonhos, transborda de tudo e bate
forte, forte demais.
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