“No
meu coração descampado
queres erguer a tua tenda?”
queres erguer a tua tenda?”
São
os dois últimos versos do meu antiquíssimo poema “Sem ritmo definido”. Já
ergues-te a tua tenda no meu coração e eu fiz o mesmo no teu. Trazes-me ainda
mais flores que crescem no mar? São maravilhosas, vêm de dentro de ti e eu já
não sei viver sem elas. Eu já não sei viver sem ti. Tudo em mim é teu, as
minhas nascentes só fazem sentido porque existes, os meus rios correm rápido,
rápido para se juntarem aos teus mares. Unimo-nos então, até estava
escrito nas estrelas, era o Universo a conspirar.
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