domingo, 14 de setembro de 2008

O meu medo sempre me prendeu as mãos porque tudo me prende os sentidos. Este abandono no meio de um descampado, rodeado de escuridão, onde nunca encontro a saída, onde nunca me espera ninguém. Dias cinzentos que cobrem o horizonte com promessas de desgraça, penso sempre em emboscadas quando o dia nasce nas cidades.

António

O medo é só um caminho que nos faz tropeçar, mas tu António consegues abrir os teus sentidos ao respirares o mundo que desabrocha perante ti, que não é feito de escuridão, mas transporta luz até ti e verás extensos campos onde encontrarás gente amistosa. Nem todos os dias são cinzentos, só aqueles que trazem chuva à terra e as promessas que tu esperas és tu que irás fazer crescer. Eu estarei aqui António com as minhas asas e segurar-te-ei no teu caminho, não terás obstáculos e seguirás o brilho dos teus olhos.

Oriana

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