domingo, 14 de setembro de 2008

ao sabor da tua canção
colhi as macieiras
que se estendiam pelos
teus acordes esvoaçantes
algures no despontar do dia
dei-te água com as mãos
eras o reflexo do sol
que se confundia
com os sabores
dos nossos beijos
os pássaros soltos nos arbustos
despiam a nossa pele
fresca da manhã
os nossos olhos desapareciam
um no outro
num abraço dentro
da fonte da vida

João Vale, o que vale vale

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