sábado, 19 de julho de 2008

sento-me nas minhas rimas
faço o caminho das ervas
que reservei para esta manhã
não sei a direcção do sol nem de julho
tudo parece uma animação invisível

hoje não chorei de manhã
colei os nomes em latim dos animais
perguntei-lhes a direcção do sol
todos eles ladravam como cães da alegria

as linhas fazem correntes de ar
enquanto escrevo o que a mim me devolve
porque nem sei o que quero escrever
há nomes e nomes
há sons dilatando-se
deve ser o calor que vem do sol

quis saber onde se escondia
o absoluto das cousas todas
dessas de que fala a filosofia
mas apenas consigo arrancar a emoção

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