sexta-feira, 25 de julho de 2008
O homem não é do tamanho sólido da rocha e à volta da sua cabeça a sua voz voava afogada, voava em nada, voava tapando-lhe os olhos ou abrindo-lhe os berlindes, como lhes chamava. O homem não estava seguro em cima do muro onde passeava contando um, dois, quatro, vinte e já se desequilibrava rindo-se... Sem si o mundo eram mundos, mundos de degraus que iriam continuar a subir ou a descer... Ele era um jacto, contou 487... riu-se... depois desceu do seu mundo e o seu mundo foi-se deitar na relva. Pensou que os olhos eram um órgão estranho, o olhar era uma capacidade estranha, a sua preferida, deitou-se na relva e deixou-se estar ali a tarde inteira...
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