segunda-feira, 9 de junho de 2008
Desarrumar a melodia que o meu trono trepadeiro traz. O olhar é ansioso. Não te esqueci à entrada da linguagem, onde se misturam todos os compassos, no desfazer dos sonhos dos imperadores. Podes nadar, mas o mar quebra a tua braçada. Tento agarrar-me, mas apenas seguro a minha cabeça de mil palavras. A carruagem já avança e liberta o que tem estado trancado nos pensamentos do pó. Uma pesada carga vai-se afastando. Os rubis, as esmeraldas e tudo o que sejam pérolas abrem-se no olhar de alguém que inunda um arco-íris há muito abandonado. Sim, coração meu humano tens o teu tempo de seres uma corrente que transforma a solitária lágrima da esperança na terra que irrompe continuamente em qualquer coisa significante. Troco o negócio por qualquer flor. Tenho um canto a dizer: a interminável estrada fragmentada do impossível deserto ao ritmo das folhas que abrem as árvores. Uma partida será sempre uma partida porque há um começo que se solta nos ramos, captando o meu olhar de estrela da tarde.
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3 comentários:
Rosa :
O melhor texto que alguma vez li escrito por ti...
Sara:
Provavelmente leste poucos...
Gertrudes :
Sua desnorteada!...
Valério
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