ARCHOTES
Engordei-te
minhoca verde pois sorri-te enormemente com as minhas mil torneiras de água abertas
até ao máximo e cheias de detergente azul/laranja e foi tudo para dentro do teu
sagrado ventre. As águas passaram o limite aconselhável e tornaram-se vida jorrando
apenas Amor, ele vive nos teus tendões e faz-te mexer a existência. O detergente entrou-te para os olhos e eu ri-me, disseste: que
rebuliço no meu olhar, só vejo pássaros voando à toa. Nada fecha as minhas mil
torneiras pois elas são ponteiros rebeldes multiplicados por números grandiosos, dedicam-te toda a sua velocidade de comboio-feliz, cada gota de água é uma palavra
nova que inventei só para ti. Tu és manhoso e trazes mais cores para serem abençoadas
pelas minhas águas, metes tudo no bidé que desenhámos juntos na aula de “Desenho
Furibundo” e seja o que Deus quiser. Final do escrito: Deus quer-nos bem aos
dois e sabe que juntos somos archotes que aquecem do jeito de ser do aço líquido o mais severo inverno.
Deus: dióspiro elementar de uvas-sandwich
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