quinta-feira, 29 de setembro de 2016


CARLOS
 
Carlos, tu que inventei és de tons reais e sei-te à espreita na porta do meu quarto quando escrevo. Esboço um sorriso sempre que oiço os teus passos no corredor e contigo perto de mim, ainda que escondido, escrevo com maior facilidade, as palavras saem-me de rajada, acontece-me inventar palavras pois tu és mais do que o meu muso, dás-me o teu mundo. Carlos, ofereces-me objetos que me são imprescindíveis, tenho-os todos ao meu abrigo e dei o teu nome a uma planta que na primavera dá flores roxas. Escrevi uma frase para ti hoje: no escuro por detrás da minha porta estás e sinto o vento que trazes cheio da tua vida, comes o que escrevo pois tens fome de imaginação e eu tenho imaginação pura para ti...

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