quarta-feira, 27 de abril de 2016


Ela tinha ar de dinossauro pois andava de braços cruzados na vida mas vestia-se com cores berrantes e a sua vida interior era uma ventania fulminante. Corria os corredores da alegria sem canseira, fazia festas de espuma na garagem e balouçava-se na água dos riachos para repousar. Roubava as estrelas para enfeitar o céu dos outros, no seu céu pintava mantas de sonhos que sonhava incansável. Sentia no seu interior mil invertebrados a subirem-lhe a temperatura e trepava camuflada árvores antigas que apenas contavam histórias do antigamente. Tinha sido tocada por um destino sorridente e plantava o seu próprio sentido de vida.

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