Ela
tinha ar de dinossauro pois andava de braços cruzados na vida mas vestia-se com
cores berrantes e a sua vida interior era uma ventania fulminante. Corria os
corredores da alegria sem canseira, fazia festas de espuma na garagem e balouçava-se
na água dos riachos para repousar. Roubava as estrelas para enfeitar o céu dos
outros, no seu céu pintava mantas de sonhos que sonhava incansável. Sentia no
seu interior mil invertebrados a subirem-lhe a temperatura e trepava camuflada árvores
antigas que apenas contavam histórias do antigamente. Tinha sido tocada por um
destino sorridente e plantava o seu próprio sentido de vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário