Festim de Cores
Ele disse que devia ser ele a
dar o nome ao verde e ao cor-de-rosa pois as cores eram tocadas pelas suas mãos
e viviam vida sua, desejo seu era sabê-las crescer ainda mais no seu interior. Chamou
até si o vermelho e quis que fosse o som de um pássaro cereja doce, falou ao
azul e entregou-lhe todo o universo. Conhecia as tonalidades todas e inventava
sabores novos que eram arco-íris de fantasia. Bebia uma a uma cada cor preciosa
e misturava-as nas suas veias para se sentir luz vinda delas, provava-as uma a
uma num festim só seu. Turquesa era a cor que habitava no seu coração, ele sentia
o seu corpo como o seu, desnudava-se e ia nadar com ela nas ervas que florescem
em todos os lugares.
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