quarta-feira, 23 de março de 2011
Rapaz, por razões que não te posso explicar, para mim aquela noite é como se eu não tivesse existido porque não era eu que ali estava, digamos que estava num estado alterado de consciência, e não estou a falar em drogas. Não era bem eu, porque estava sob a influência de algo maior do que eu. E se tudo isto, que supostamente sinto, está baseado nessa noite então tudo o que vivi é uma mentira. Não se pode gostar de alguém com a qual só se passou uma noite, e ainda por cima estando completamente descarrilada da cabeça. Foi uma experiência forte demais, pelas causas que já expliquei, e essa memória não me deixa em paz, daí esta obsessão por ti. Por isso isto não passa tudo de uma mentira. De qualquer maneira também não tenho importância nenhuma para ti. O que é preciso é esquecer-te, tirar-te de uma vez por todas da minha vida. Mas a Sara diz que não. Essa que esteve lá contigo. Essa que constantemente chama por ti. Essa a quem fazes ouvidos moucos. Em que é que falhei, foram as palavras ou os actos? Porque apesar do meu estado, fui sempre dedicada a ti, como o sou agora.
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