Isto foi o que eu escrevi no meu diário sobre o nosso 2º Aniversário:
Primeiro dia das comemorações (26 de Junho): Eu e a Inês fomos ao Meco e eu dei um grande trambolhão ao descer aquela ravina de merda. Depois pôs-me de cuecas porque não tinha trazido o fato de banho. Levei uma eternidade a subir a ravina na volta e quando cheguei lá a cima comecei a pedinchar água e um tipo todo giraço deixou-me beber a garrafa dele quase toda, tão giro caraças. Quando chegámos a Lisboa a Inês não estava lá muito bem disposta, o que invadiu um bocado o ambiente. E não levámos as comemorações até ao fim, como estava estipulado para aquele dia. Mas gostei do que foi feito, foi romântico. O barquinho nadou um bocadinho naquela fonte onde tomei banho a seguir a estar com o rapaz. Recitei bem os poemas sentada em frente ao nº 21. As velas estavam bonitas em cima dos pastéis de nata, todas alegres, uma azul, a outra cor de rosa. Já o pastel de nata que comi não era nada de especial. Aquele que comi há dois anos deve ter sido mais apetitoso, uma vez que foi comprado a pensar num pequeno-almoço romântico. Os dois, aliás. Porque o gajo não comeu nenhum. só me comeu a mim (risos). Fez bem, eu sou bastante comestível (risos). O que sobrou, porque a Inês não quis comê-lo, levei-o para a minha mãe. À noite eu e o Luís fomos a um Arraia Gay no Terreiro do Paço, tal como eu tinha ido na noite em que nos conhecemos, mas não estava tão divertido e colorido como o outro. Mas fiquei a saber que existia uma coisa chamada speed dating, e às tantas só me apetecia ir para o meio daquelas gajas giras (risos).
Segundo dia das comemorações (28 para 29 de Junho): Eu e o Luís fomos maravilharmo-nos até ao Castelo de São Jorge. Foi um grande passeio, passámos o tempo a falaricar enquanto subíamos quase sem parar. Parámos no Miradouro de Santa Luzia para vermos a paisagem, estava um dia lindo. Quando chegámos ao castelo sentámo-nos um bocado, eu fumei um cigarro e de seguida contemplando o céu, procurando a sua aragem mais doce, atirei o avião ao pé de um poema da Sophia. Depois de pendurar o poema da esplanada (que estava em obras), aquela onde conheci o italiano que me levou ao nº 21 fomos jantar à Costa do Castelo (assinei na conta: “Nós somos o poema que se estende por todas as paisagens”). A seguir cavalgamos até ao Miradouro da Graça, onde perdi uma aposta de cinco euros com o Luís (agora chama-se “Miradouro Sophia Mello Breyner”).
O relógio bateu agora a meia noite, fazemos dois anos. Ponho a tocar a música “The Only One” dos The Cure. Vinte e sete para vinte e oito de Junho, foi nesta data que há dois anos atrás me apaixonei por ti. Por tudo o que eras. E continuo apaixonada. Porque o tempo nada apagou. Persigo o teu rosto, a tua pele, o teu cheiro. Não sei como me esconder de ti, estás demasiado dentro de mim. A seguir ponho a tocar a música “The Grateast” da Cat Power. Música que ponho a tocar muitas vezes quando penso em nós dois. Sentes a intensidade do meu sentir? Porque tudo em nós foi festivo. Nós dois fizemos poesia naquele dia. Sinto tantas saudades tuas. Dava quase tudo para estares aqui comigo. E eu contava-te esta história abraçada a ti. Achas que eu achei que ele era o Amor enquanto ele dormia Bruna? Porque eu estava a pensar em coisas maravilhosas. Eu estou feliz com as comemorações, muito feliz. Acho que foram muito bonitas. Acho que ele vai gostar no futuro (risos).
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