sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Tenho saudades de conduzir, gostava muito. A minha vida de condutora acabou no dia em que, havia acabado de chover, o piso estava traiçoeiro e eu talvez fosse um bocadinho depressa demais, e travei fazendo aquaplaning. Vai daí o carro sobe o passeio e vai de encontro a um sinal de trânsito. Estreitamento da via, era o sinal. Pois bem estreitamento da minha via também porque na subida do passeio lixei a caixa de direcção (ou uma cena qualquer desse género) e o carro foi para a sucata. A minha mãe ia-me matando e proibiu-me, nem numa emergência, de conduzir o novo carro dela, que era igualzinho ao primeiro. E eu que gostava tanto de estar dentro do carro a insultar toda a gente quando sabia perfeitamente que ninguém me estava a ouvir, gostava de passar os amarelos e mandar piropos aos gajos giros (esta parte é na minha imaginação). Partiu-me o coração nunca mais poder guiar, já lá vão uns anos. Agora já não sei se sou capaz de guiar, mas ainda me lembro onde é que é o pedal do acelerador (risos). E tu, rapaz, constantemente me aceleras, seja o que for. Espero que vá numa auto-estrada, não quero bater em nenhum sítio.
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