sábado, 20 de setembro de 2008

Há um disfarce
Esse jogo que fazes contigo
Nessa cegueira de olhos abertos
Numa rua de pessoas
Que apenas seguem os seus caminhos
Penas por vezes por serem pessoas
Pois o teu tom é de desprezo
Talvez o teu olhar mande no mundo
Mas respiras o som de qualquer moribundo
Despejando os teus dias na inutilidade
Gostas de te expandir
Talvez te apaixones pelo sorriso
De uma criança num berço
Mas cá dentro cai o casaco
E está demasiado frio
Não consegues copiar
A suposta arte do exterior
Sentaste no sofá
Enquanto tudo parece desabar
Mas sim há a máscara
Vais a tempo de compô-la
E volta tudo ao seu lugar

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