é um trem sem qualquer tempo
atravessando o deserto da minha alma
se fugir apenas saberei
que fiquei algures
algures à espera de um próximo sentido
que pode ser um qualquer outro tempo
porque o que se move é a estrada
e o rastilho que espreita num olhar que tece
os dias após dias que mudam
quem fica o mesmo
nesse deserto da alma que não se abriga
sendo que o tempo é como qualquer outro
Sem comentários:
Enviar um comentário