sábado, 26 de julho de 2008

Querida Sara,

Estou a escrever-te porque sempre te escrevi e escrever faz parte de mim. Saber-te é esse endereço onde nos abrigamos e somos tiras de papel ao vento nesses papagaios de nuvens inacabadas onde crescemos, que se aproximam de tudo o que somos nas nossas promessas juntas, canções e solavancos, que abrimos como gaivotas. Trapézios rompendo os prados, nesse equilíbrio nosso que crepita a rama verde, olhando e penetrando com todos os primeiros sóis os horizontes perdidos que achamos. E se não somos caminhos, somos a presença dos passos.

Sempre tua,

Sofia

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