quinta-feira, 17 de novembro de 2011

(Pablo Picasso, "Girl before a mirror")

A minha vida é assim: desordenada, louca, cheia de becos sem saída. Tal como eu. Ando com ela atrás e nem sei como é possível tal feito, penso às vezes. Depois há as frases feitas: tenho de ser eu própria. Mas que raio quer isso dizer? Que costumo ser outra qualquer? Por acaso tenho uma série de eus dentro de mim, mas sou sempre eu, pá.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Como abandonar esta solidão
Que mata com o tempo
É uma borboleta sem casa
Cristalizada em vida
Não há nada de precioso
Nestas mãos
Que só agarram a névoa dos dias
Dizes-me para me deitar sobre o rio grande
Deixar-me levar por ele
Mas eu verto lágrimas
Mais cheias do que um rio

Beatriz

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Às vezes tudo morre
E eu morro também
Há uma tortura que é ser-se
Que ultrapassa os limites da loucura
Ser-se é pisar terra sem vida
E um uivar que não tranquiliza a pele
É-me estranho este percurso
Onde caminho sem alma
O céu é diminuto
E nada me faz sair de mim própria

Beatriz